O Transtorno Obsessivo Compulsivo, também conhecido como TOC, é um transtorno mental que se caracteriza por pensamentos obsessivos, comportamentos compulsivos ou ambos. Geralmente surge precocemente, tendo inicio na infância ou adolescência, porém, também pode iniciar na vida adulta.

Estudos mostram que o TOC é um transtorno bastante comum, acometendo cerca de 2% das pessoas ao longo da vida, no Brasil esse número fica entre 3 e 4 milhões de pessoas. No entanto, esses são números aproximados, já que a grande maioria leva em média de 10 a 15 anos para buscar tratamento. É provável que essa demora ocorra pelo fato de que o paciente com TOC mantém sua capacidade intelectual e crítica, ou seja, ele percebe a irracionalidade de seus pensamentos e comportamentos, mas não consegue evitá-los, o que causa vergonha, medo e muito sofrimento. Outro fator que pode dificultar o diagnóstico é o fato de a maioria das pessoas acometidas por este transtorno apresentar alguma comorbidade, ou seja, outros transtornos associados, como depressão ou transtorno do déficit de atenção com hiperatividade, por exemplo, o que dificulta o diagnóstico.

Alguns pesquisadores apontam como consequências comuns do TOC: diminuição da autoestima e do bem estar subjetivo, interferência negativa na vida estudantil, profissional, familiar, afetiva e social. Os sintomas podem aparecer de forma leve ou grave, chegando até ser incapacitantes, também podem variar sua intensidade ao longo do tempo, já que o transtorno tende a ser crônico. Daí a importância de buscar o tratamento.

Todos podem ficar atentos aos possíveis sintomas, obsessivos (pensamentos recorrentes e persistentes, com conteúdos catastróficos, violentos ou agressivos, dos quais não consegue se livrar e que interferem nas atividades diárias) e/ou compulsivos (rituais, comportamentos repetitivos ou atos mentais que a pessoa se sente compelida a executar em resposta a obsessões ou devido a regras que precisam ser seguidas rigidamente).

Caso tenha dúvidas quanto à existência ou não do transtorno, procure um profissional de saúde mental, pois é ele quem esta capacitado para realizar o diagnóstico.

Deise Rocha – Psicóloga Voluntária do Grupo Partilhar
CRP 02/17970

Referências:

Cordioli, A. V., O transtorno obsessivo-compulsivo e as suas manifestações. “TOC”. Artmed. Porto Alegre, 2014.

Torresan, R. C. et al. Qualidade de vida no transtorno obsessivo-compulsivo: uma revisão. Rev. Psiq. Clín. 35 (1); 13-19, 2008.

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